Placa de concreto: a resposta para construção de estradas no Bra
Quem nunca estragou um pneu ou alguma parte mais nobre do carro transitando pelas estradas brasileiras? Boa parte das rodovias do país são bastante precárias. Mas há esperança: tudo pode ser bem diferente se, durante a construção das estradas, forem utilizadas placas de concreto pré-fabricada.
As estradas de asfalto, que imperam no Brasil, são relativamente baratas de serem construídas mas trazem uma grande desvantagem.
O Brasil tem a 4ª maior malha viária do mundo, com aproximadamente 1,8 milhões de quilômetros de extensão. Fazer a manutenção adequada dessas estradas é praticamente inviável para os cofres públicos.
Como o País é altamente dependente do modal rodoviário (60% do escoamento dos produtos é feito pelas estradas), é necessário pensar em soluções mais definitivas. Continue a leitura e entenda como isso é possível.
Placas de concreto têm baixo custo de manutenção.
Uma boa opção para as estradas brasileiras está no uso das placas de concreto pré-fabricadas. Elas são cerca de 25% mais caras que as estradas de asfalto, mas seu custo de manutenção é cerca de 60% inferior.
Enquanto uma estrada de asfalto exige a realização de um grande serviço de manutenção a cada dez anos, as estradas feitas com placas de concreto pré-fabricada precisam passar por grandes ajustes apenas após duas décadas de uso.
Além disso, ao invés de fazer “remendos” na estrada, criando imperfeições que incomodam os motoristas, a manutenção pode ser feita com uma simples substituição das placas.
Rota 27 em Nova York
O Brasil ainda está em marcha lenta na construção de estradas com placas de concreto pré-fabricados, mas seu uso tem sido cada vez mais comum nas estradas de países desenvolvidos.
Nos EUA, cerca de 60% das estradas são feitas de concreto. Já no Brasil, esse número é de apenas 4%. Estradas de concreto feito no local da obra são utilizadas na América do Norte há muitas décadas, mas agora elas começam a ser substituídas pelas placas pré-fabricadas.
Uma das vias em que a substituição do material chamou mais atenção foi na icônica Rota 27, na região de Nova York. O pavimento de concreto tradicional foi substituído por painéis pré-fabricados em uma operação que levou 24 horas. O tráfego de veículos foi liberado quase que imediatamente após o fim do serviço.
Asfalto ou placa de concreto pré-fabricada?
A troca do asfalto ou do concreto tradicional pelos pré-fabricados não acontece por acaso. As placas são produzidas em ambientes industriais altamente controlados e passam por testes e um rigoroso sistema de qualidade antes de serem transportadas para as estradas.
Além disso, o pavimento de concreto proporciona maior visibilidade, por refletir melhor a iluminação dos faróis, diminui a aquaplanagem e a distância de frenagem, e reduz em 11% os gastos de combustível ao favorecer a inércia dos caminhões.
Custos reduzidos com mão-de-obra
Outra vantagem da utilização de placas de concreto pré-fabricado nas estradas é o baixo custo da mão-de-obra. Ao invés de mobilizar grandes equipes e máquinas para realizar, durante dias, o “recapeamento asfáltico”, a colocação das placas demanda equipes enxutas.
No caso da Rota 27, por exemplo, para substituir mais de seis quilômetros de vias foram usados 24 operários trabalhando em turnos de seis horas, com o apoio de caminhões para transportar as peças e guindastes para içá-las.
Brasil ignora avanços do setor e mantém tecnologia ultrapassada
Apesar da popularização das placas em países desenvolvidos, o Brasil ainda ignora essa nova tecnologia e utiliza majoritariamente asfalto em suas estradas. Falta uma política pública que incentive o uso desse material.
Estradas mal conservadas ou sem pavimentação aumentam em 25% o custo operacional do transporte rodoviário no País, de acordo com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
A CNT estima ainda que quase metade das rodovias brasileiras se encontram em estado regular, ruim ou péssimo. Algumas rodovias já estão há 50 anos sem manutenção.
Normas brasileiras para construção de rodovias
Apesar do descaso com a nova tecnologia, “há luz no fim da rodovia”. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) emitiu uma normativa definindo a sistematica a ser adotada na construção de pavimentos rígidos com peças pré-moldadas de concreto. Ainda assim, essa normativa define que essas peças são adequadas para rodovias de tráfego leve preferencialmente urbanas.
A norma determina alguns critérios para a produção dessas placas e para a preparação dos terrenos que receberão os painéis. Agora é aguardar que empresas públicas e privadas se sensibilizem sobre as vantagens da tecnologia.
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