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Cidades Inteligentes: o que são e por que você precisa conhecer

Quando você pensa no futuro, o que vêm à sua mente? Otimistas pensam em carros voadores, enquanto os pessimistas imaginam megalópoles mergulhadas em caos. Se depender dos avanços na área da construção civil, os otimistas vencerão. É que a tecnologia está transformando metrópoles problemáticas em verdadeiras cidades inteligentes.

Graças a muita pesquisa e desenvolvimento, a construção civil está passando por um intenso processo de evolução tecnológica. As inovações do setor melhoram a infraestrutura urbana e vencem desafios que, até recentemente, pareciam intransponíveis. Saiba mais sobre como a tecnologia está construindo as smart cities.

O que são as cidades inteligentes

De acordo com a União Européia, cidades inteligentes são sistemas de indivíduos que usam energia, materiais, serviços e financiamentos para impulsionar o desenvolvimento econômico do município e para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.

Mas a simples existência dessas interações não são suficientes para que uma cidade seja considerada uma smart citiy. É necessário também que as interações sejam realizadas por meio do uso estratégico de infraestrutura e serviços, e de informação e comunicação.

Outro pré-requisito é que haja uma gestão urbana e planejamento de ações a fim de solucionar os problemas sociais e econômicos dos habitantes.

Por que você precisa conhecer

A construção das cidades inteligentes já está acontecendo. E o desenvolvimento de políticas públicas e de tecnologias para transformar as metrópoles terá impactos significativos no seu estilo de vida e no seu negócio.

Grandes empresas já perceberam as oportunidades criadas pela ascensão das smart cities e se preparam para a nova – e promissora - realidade. Corporações como IBM, Siemens e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) já criaram departamentos de pesquisa na área.

As 4 classificações das cidades

O desenvolvimento de cidades inteligentes é um fenômeno recente, impulsionado principalmente pelo maciço crescimento de grandes metrópoles ao redor do mundo.

As smart cities não nascem da noite para o dia. As ações tomadas pelos gestores públicos, indivíduos e pela iniciativa privada acontecem paulatinamente, e vão afetando positivamente a vida dos indivíduos, não em grandes saltos, mas aos poucos.

Dessa forma, de acordo com a Wikipedia, há quatro níveis de desenvolvimento das cidades de acordo com o uso da tecnologia: digital city, inteligent city, smart city e ubiquitous city.

Digital City

A digital city é a primeira etapa de desenvolvimento de uma cidade inteligente. Ela combina infraestrutura de internet de alta velocidade, serviços inovadores voltados à melhoria do serviço público e infraestrutura de comunicação.

Os padrões de atuação das indústrias devem ser transparentes. Os principais objetivos de uma “cidade digital” são o de criar um ambiente nos quais os cidadãos estão interconectados e onde a troca de informações pode acontecer rapidamente em qualquer ponto do município.

Inteligent city

As inteligent cities contam com instituições de pesquisa e inovação que incentivam o aprendizado e a inventividade. Nessas cidades, o capital humano é considerado o recurso mais precioso.

Nas “cidades inteligentes” a infraestrutura conta com as mais novas tecnologias de telecomunicação, eletrônica e mecânica.  Além disso, há um intensivo uso de Tecnologia da Informação para transformar o dia-a-dia da cidade.

Smart city

Para ser considerada uma smart city o município precisa contar com instituições de pesquisa científica e tecnológica que estejam continuamente atuando para a melhoria da infraestrutura urbana.

As smart cities contam com serviços essenciais inteligentes, interligados e eficientes; e transparência em relação às informações da própria cidade, tais como os recursos disponíveis.

Ubiquitous city

Por fim, há a ubiquitous city, considerada a utopia da cidade inteligente. Nela, os cidadãos estão conectados a qualquer serviço por meio de aparelhos de uso comum (ou seja, aparelhos acessíveis a qualquer cidadão).

O objetivo final de uma ubiquitous city é permitir que o cidadão tenha acesso a todos os serviços disponíveis, a qualquer hora, por meio de qualquer tipo de aparelho.

Características de uma cidade inteligente

Ainda não é possível classificar nenhuma cidade do mundo como uma ubiquituous city, mas já há diversas iniciativas que assemelham alguns municípios às cidades inteligentes.

Mas como separar, de forma prática, as cidades inteligentes das cidades que ainda estão na fase embrionária do processo? Critérios como infraestrutura e “acesso a serviços”, embora expliquem o conceito de smart city, são difíceis de serem avaliados.

A Universidade de Navarra, entretanto, criou um modelo que avalia o grau de desenvolvimento das cidades de acordo com 10 critérios: capital humano, coesão social, economia, gestão pública, governança, mobilidade e transporte, meio ambiente, planejamento urbano, alcance internacional e tecnologia.

Quanto melhor avaliada uma cidade for em cada item, maior é sua inteligência. Saiba mais sobre cada critério.

Capital Humano

Cidades inteligentes devem investir em educação, escolas de negócios e na mobilidade internacional dos estudantes (quanto mais estudantes saírem da cidade para estudar em outros municípios, e quanto mais alunos de fora do município vierem para a cidade, melhor).

O capital humano é melhorado ainda com a existência de universidades, museus, galerias de arte e eventos relacionados ao lazer e entretenimento da população.

Coesão social

Coesão social é o grau de consenso entre os membros de um grupo social ou a sensação de pertencimento desses membros a uma causa ou projeto. Em conceitos práticos, a coesão social é medida, por exemplo, pelo índice de violência de uma cidade (índice de assassinatos a cada 100 mil habitantes).

Outros fatores que influenciam a coesão social são a incidência de crimes não letais, saúde da população, nível de desemprego, índice Gini de desigualdade social (diferença entre os mais ricos e os mais pobres), poder de compra da população e quantidade de mulheres trabalhando na administração pública. 

Economia

Os índices econômicos são indicativos da qualidade de vida de uma população e, dessa forma, também precisam ser levados em consideração para a construção de cidades inteligentes.

Os indicadores econômicos mais importantes são a produtividade dos trabalhadores, tempo necessário para abrir uma empresa, burocracia, quantidade de empresas com matriz na cidade, quantidade de jovens empreendedores e Produto Interno Bruto.

Gestão pública

A gestão pública envolve todas as atividades voltadas à melhoria da eficiência dos órgãos públicos, com destaque para as finanças do município. Afinal, a sustentabilidade dos cofres púbicos afeta diretamente a vida dos habitantes.

A saúde financeira das cidades tem repercussão na quantidade de impostos que os cidadãos precisam pagar, na inflação, nos investimentos públicos em infraestrutura básica e nos incentivos à iniciativa privada.

Governança

Governança se refere à eficácia, qualidade e transparência das intervenções realizadas pelos órgãos públicos. Para se medir a força da governança de uma cidade é preciso analisar, por exemplo, o nível de participação pública nas decisões governamentais.

Outros fatores incluem a habilidade dos gestores públicos em envolver empresários e formadores de opinião na gestão municipal, e a transformação digital dos órgãos públicos.

Meio Ambiente

A qualidade de vida das pessoas está diretamente ligada à qualidade do meio ambiente em que vivem. Por isso, cidades inteligentes devem apresentar bons índices de emissão de dióxido de carbono e de metano, apenas para citar alguns exemplos.

Outros critérios importantes são o saneamento básico, acesso à água potável, quantidade de partículas no ar e índices de poluição, dentre outros.

Mobilidade e transporte

Esse é um fator óbvio na avaliação das smart cities, e consiste em um dos principais desafios das cidades do futuro. Ele envolve o tempo gasto no trânsito e o nível de satisfação dos cidadãos com o transporte público e privado.

As cidades inteligentes precisam considerar também a ineficiência dos sistemas de transporte (como o consumo per capita de dióxido de carbono) e o tempo gasto no transporte (quanto tempo se leva, por exemplo, para ir de um ponto a outro da cidade de metrô).

São importantes ainda a análise da quantidade de acidentes a cada 100 mil habitantes, o número de estações de metrô, a quantidade de vôos que chegam e partem da cidade, e a variedade dos meios de transporte.

Planejamento urbano

Um bom planejamento urbano é essencial para a qualidade de vida de uma cidade. A eficácia desse planejamento pode ser definida por meio da porcentagem da população com acesso ao sistema de esgoto, por exemplo.

Outros critérios envolvem a quantidade de pessoas que moram, em média, em uma unidade habitacional; e a quantidade de empreendimentos voltados ao uso de bicicletas (elas ilustram a qualidade da infraestrutura de uma cidade).

Por fim, é importante também levar em conta a quantidade de arquitetos em um município e o número de ciclistas.

Alcance internacional

Cidades inteligentes recebem muitos turistas internacionais, especialmente por vias aéreas. Contam ainda com grande quantidade de hotéis e eventos internacionais, como shows e congressos.

Outro fator que é levado em consideração é a quantidade de menções, nas redes sociais, dos pontos turísticos da cidade.

Tecnologia

Tecnologia da Informação e telecomunicação são itens fundamentais de qualquer cidade inteligente. Isso envolve a quantidade de assinantes de internet banda larga, número de usuários de redes sociais e quantidade de celulares ativos.

Cidades inteligentes contam ainda com sites institucionais de alta qualidade, programas de incentivo à inovação e grande quantidade de pontos de acesso wi-fi.

Cidades inteligentes ao redor do mundo

Como se pode ver, transformar uma cidade comum em uma cidade inteligente é bastante desafiador. Não basta tecnologia. É preciso vontade política, participação da comunidade e uma mudança de mindset para que a transformação possa acontecer.

Mas isso não significa que seja impossível. Pelo contrário. Há várias cidades do mundo que são consideradas modelos de cidades inteligentes. Saiba quais são.

Nova York (EUA)

Nova York é a primeira da lista, e não é por acaso. A metrópole americana é considerada a cidade mais inteligente do mundo graças a ações como a instalação de pontos de wi-fi gratuitos, sensores de presença para economizar energia e gerenciamento do trânsito em tempo real.

Amsterdã

Amsterdã é um exemplo de cidade inteligente. Lá, as bicicletas são o principal meio de transporte. Além disso, a cidade investe forte em iniciativas ecológicas e de mobilidade urbana.

Tóquio

Considerada a capital da tecnologia, Tóquio também é considerada um modelo de cidade inteligente. A capital japonesa investe em medidas de controle de energia e na construção de bairros ecológicos.

Nessas comunidades, desenvolvidas por empresas privadas, a energia utilizada é 100% renovável e as casas são automatizadas. A sede das Olimpíadas de 2020 também está construindo uma vila olímpica com abastecimento à base de hidrogênio.

São Francisco

A transparência é uma das marcas registradas dessa cidade inteligente. Foi uma das primeiras do mundo a divulgar todos os seus dados burocráticos e administrativos pela internet.

Além disso, a cidade investe em iniciativas de redução da poluição e do consumo de energia, reciclagem e mobilidade urbana.

Viena

A capital da Áustria possui o melhor sistema de transporte do mundo, usa energia renovável, tem a maior usina de biomassa da Europa e é uma das cidades mais verdes do planeta.

Bônus: Smart City Laguna

Surpresa: o Brasil terá em breve uma cidade inteligente. É a Smart City Laguna, no Ceará. A cidade – construída por empresas italianas – terá bicicletas e carros compartilhados, energia limpa e reaproveitamento de água da chuva.

O município– que na verdade será um distrito de São Gonçalo do Amarante – já está em construção.

Cidades do futuro

Prever como serão as cidades do futuro é um exercício de criatividade. Mas algumas coisas são garantidas. Elas usarão, por exemplo, rodovias pré-fabricadas. Estradas inteiras serão feitas de concreto, aumentando sua durabilidade e diminuindo custos de manutenção.

As cidades do futuro apostarão também em reconstrução de grandes áreas. Será cada vez mais comum que as construções – inclusive grandes prédios – sejam recicladas ao invés de demolidas, graças às construções pré-fabricadas e modulares.

A personalização de projetos também terá papel central, com mais opções de design e diversidade nos métodos de fabricação das estruturas. E tudo porque as tecnologias continuam evoluindo e trazendo mais segurança e flexibilidade à construção civil.

Qualquer que seja o futuro das cidades, investir em tecnologias, inovação, estudos e pesquisas é essencial para que construtoras e empresas não fiquem obsoletas.

As startups, com times mais enxutos e eficientes, já perceberam as oportunidades que as novas tecnologias oferecem. É por isso que a Agis está conectada às universidades na constante pesquisa e desenvolvimento de estruturas pré-moldadas.

Quer ajudar a construir as cidades do futuro? Entre em contato com um especialista e saiba como os pré-fabricados podem te ajudar.


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