AGiS Pré-Fabricados

A importância do pré-fabricado na construção das cidades do futuro

Como você imagina o futuro? Essa é uma pergunta que engenheiros e arquitetos de todo o mundo tentam responder. Existem inúmeras opções sendo estudadas, mas os especialistas concordam em uma coisa: os pré-fabricados terão papel central na construção das cidades do futuro.

O destaque dado a essa tecnologia não acontece por acaso. Desde sua invenção, logo após a segunda guerra mundial, os pré-fabricados de concreto vêm passando por grandes melhorias. Entenda um pouco da história.

Primeira geração

No início, por volta da década de 1950, os pré-fabricados serviram para reconstruir as cidades europeias devastadas pela guerra. Nesse cenário, não havia tempo para a realização de grandes pesquisas. 

Assim, as peças pré-fabricadas ganharam a má fama de serem de má-qualidade, excessivamente uniformes e pouco flexíveis. Felizmente as coisas mudaram bastante nos anos seguintes. 

Segunda geração

Entre as décadas de 1980 e 1990, as indústrias de pré-fabricados passaram a investir em uma produção destinada a todo o mercado, e não apenas a uma única empresa. Surgiu assim a pré-fabricação flexível, com peças adaptáveis a qualquer necessidade de arquitetura e acabamento.

Agora estamos vivendo uma nova era do pré-fabricado. No Brasil, um marco dessa evolução aconteceu em 2017. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou no primeiro semestre novos textos das normas que regem o setor, aumentando ainda mais a confiabilidade do produto. 

Mas, na prática, o que significa essa evolução? Confira 4 exemplos de como o pré-fabricado está ajudando a formatar as cidades do futuro.

Cidades do futuro serão inteiras pré-fabricadas

Uma das grandes preocupações para o futuro é o aumento da população mundial e o excesso de pessoas nas grandes cidades. Os desafios envolvem diminuir o tempo de deslocamento das pessoas, aproveitar melhor os espaços e transformar as cidades em ambientes mais amigáveis.

Nesse sentido, as estruturas pré-fabricadas se apresentam como solução ideal. A ideia de criar cidades inteiras em poucos meses, usando casas e prédios pré-fabricados, não é nova, mas somente agora é possível graças aos avanços tecnológicos recentes e à queda nos preços das estruturas.

Exemplos de projetos pelo mundo são abundantes, desde cidades verticais feitas com módulos pré-fabricados até construções mais tradicionais em países com pouco espaço disponível.

Nos arredores de Bagdá, por exemplo, foi construída uma cidade inteira com quase 1900 casas em uma área de 158 mil metros quadrados. Outros 15 mil metros quadrados serviram para a instalação de comércios e áreas sociais. O projeto levou apenas sete meses para ser completado.

Isso só foi possível porque as estruturas foram pré-fabricadas longe dos canteiros de obras, o que permitiu a montagem de todas as casas e escritórios quase ao mesmo tempo. 

A fabricação das peças em uma indústria, além de gerar estruturas com mais qualidade, também evitou que os trabalhadores ficassem expostos à violência que impera nas ruas do país.

Rodovias pré-fabricadas

Outra tendência para o futuro é o fim das estradas de asfalto. Sabemos que o asfalto é constituído por derivados do petróleo, a tendência natural é que nas próximas décadas utilizemos cada vez menos esse recurso. Essa tecnologia, possui também, um alto custo de manutenção e baixa durabilidade. Uma das possibilidades é que sejam substituídas  por estradas feitas com concreto pré-fabricado.

Desde 2013 países da América do Norte estão substituindo o asfalto por placas de concreto pré-fabricados. A curto prazo, essas placas representam um aumento de 25% nos custos, mas a vantagem está no ciclo de vida dessas estruturas, que oferecem maior durabilidade, uma drástica diminuição nos custos de manutenção e menos riscos aos motoristas.

Além disso, podem ser instaladas rapidamente. É possível colocar 1,6 km de placas de concreto em apenas seis horas. 

Reconstrução de grandes áreas

Construções pré-fabricadas e modulares trazem uma grande vantagem em relação à construção tradicional: a possibilidade de se realocar as estruturas que perderam sua utilidade, ao invés de destruí-las. 

As cidades do futuro terão prédios planejados para serem “reciclados” ao invés de demolidos. Essa reciclagem será possível graças às novas técnicas de fabricação que permitem a desmontagem dos módulos de concreto, o transporte das estruturas e a remontagem em outro ambiente. 

Personalização de projetos

A versatilidade do pré-fabricado continuará sendo destaque nas próximas décadas. Processos de produção automatizados vão aumentar a eficiência dos projetos ao mesmo tempo em que criam mais oportunidades de personalização do design e do modo de fabricação das estruturas.

Tecnologias continuam evoluindo

Todas essas tendências só são possíveis por conta da evolução da tecnologia utilizada nas indústrias de pré-fabricados. A modelagem computacional, por exemplo, está revolucionando o setor e oferecendo soluções que até recentemente eram impensáveis ou muito caras para serem implementadas.

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