4 dicas para ter um planejamento e controle de obra de sucesso
Que critérios podem ser utilizados para medir o sucesso de uma obra? Existem muitas respostas para essa pergunta, mas há dois critérios que sempre estão presentes nessa análise: adequação ao orçamento original e prazo de conclusão. E, para alcançar a nota máxima nesse dois quesitos, planejamento e controle da obra são fundamentais. É graças à falta de planejamento que as grandes obras públicas no Brasil terminam custando muito mais do que o previsto e entregues sempre muito tempo depois. Esse problema não é visto com tanta frequência nos países desenvolvidos. Por quê? Pesquisa realizada pelo Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral revelou que, no Japão, país conhecido como grande exemplo de organização, a montagem dos cronogramas e as projeções de custos consomem cerca de 40% do tempo previsto para uma obra. E eles estão longe de serem os recordistas de planejamento. As construtoras e empreiteiras alemãs chegam a dedicar metade do tempo aos cronogramas e estimativas de custos. Já no Brasil, apenas 20% do tempo é dedicado a essas etapas. Na construção civil, planejamento é sinônimo de inteligência. Quanto melhor o planejamento, maior o sucesso do empreendimento. Por isso, confira agora 4 dicas para fazer o planejamento e controle de uma obra. O estudo preliminar é o “briefing” de um projeto. É nessa fase que construtoras ou empreiteiras colherão informações sobre o que o contratante deseja, características do terreno, necessidades do cliente e possíveis desafios a serem superados. Com essas informações em mãos, os gestores do projeto preparam o Programa de Necessidades, informando quais são os aspectos da obra que precisam ser resolvidas mais urgentemente. Há ainda a análise de viabilidade técnica e econômica do empreendimento, informações colhidas em estudos geotécnicos e topográficos, escopo dos serviços, local de execução de cada serviço e possíveis dificuldades logísticas. Não pode faltar ainda, claro, informações sobre prazos, especificando o tempo previsto para mobilização de máquinas e pessoas, execução dos serviços e desmobilização. No caso de grandes obras, é salutar adicionar cópias de documentos (projetos, planilhas, etc), atribuições da contratada e do contratante, formas de pagamento e critérios de avaliação de cada serviço executado. O planejamento de uma obra demanda tempo e energia, mas tudo pode ficar mais fácil se os gestores dividirem o planejamento em etapas. O primeiro passo é fazer um estudo de viabilidade da obra, etapa em que devem ser calculados custos operacionais e a possibilidade de lucro. Caso o empreendimento seja viável, é hora de fazer o orçamento, calculando benefícios, despesas indiretas e retorno de investimento (ROI). Mas, para saber quanto a obra irá custar é preciso saber também quanto ela vai durar. Assim, o passo seguinte do planejamento é montar um cronograma físico-financeiro. Logo depois, um item importante mas que costuma ser negligenciado: regularizar a obra para evitar multas, notificações e atrasos. A partir daí basta fazer o acompanhamento das atividades, atualizar e adaptar as planilhas até, finalmente, conferir se o acabamento e o licenciamento estão em acordo com o projeto original. Para saber mais, confira as 10 etapas de uma obra, preparada pela arquiteta Luciana Paixão. Ufa! É muita informação! Felizmente existem técnicas que facilitam o processo. Uma delas é o uso de um checklist de atividades. O checklist deve conter aspectos gerais da obra (o que vai ser construído e onde), metodologias de trabalho, informações sobre a organização do canteiro de obras, plano de segurança do trabalho e diferenciais de sustentabilidade. É importante adicionar também dados de planejamento e controle, responsabilidades de cada equipe, parceiros contratados e orçamento. Todas essas informações não precisam ficar em folhas de papel. Há, no mercado, softwares de gestão de obras que facilitam o processo. Um dos mais eficientes é a planilha de controle de estoques da Sienge. Ela conta com ferramentas de controle monetário; de entradas, saídas e devoluções, além de alertas para o máximo controle. A redução do desperdício é uma consequência natural das etapas acima, mas ainda há algumas outras atitudes que podem ajudar na contenção das perdas. Prepare um fluxograma de processos para identificar possíveis perdas, compare custos com empreendimentos similares e colete dados para a geração de indicador.Faça um estudo preliminar
Obedeça às etapas de planejamento
Prepare um checklist de atividades
Reduza desperdícios
Comentários (3)
Andrey Vilaça
Luís Carlos Brito de Souza
RIANE
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